COMUNICADO DA PRÓTOIRO.





COMUNICADO DA PRÓTOIRO ACERCA DA CAMPANHA NACIONAL DE AUXíLIO ANIMAL E DA SITUAÇÃO PARTICULAR DA APA





No passado dia 2 de Fevereiro a PRÓTOIRO levou a cabo uma acção de doação de alimentos com vista a responder aos inúmeros apelos feitos por associações de ajuda a animais e que, segundo as próprias, vivem com grandes dificuldades. Disponibilizámos 1 tonelada de ração e apelámos aos aficionados que se deslocassem às associações das suas áreas de residência e aí deixassem a sua ajuda.

Quando pensámos nesta acção sabíamos que ela levantaria alguma polémica. Com efeito, uma franja da sociedade portuguesa é profundamente preconceituosa relativamente aos aficionados pelo que, tal como havia sucedido no ano passado, corríamos o risco de ver o orgulho dos animalistas sobreposto à fome dos animais. Ainda assim não esmorecemos.

Não esmorecemos porque, primeiro, os aficionados são verdadeiros amigos dos animais e ajudam diariamente seja dentro de associações, seja fora delas. E não esmorecemos porque, segundo, sabemos que a maioria daqueles que trabalham voluntariamente e diariamente nessas associações de ajuda aos animais não é mercenária da causa animalista nem está ao serviço de associações poderosas como a Animal ou a União Zoófila. Não é movida por cifrões nem por ideologias radicais, mas sim por um verdadeiro amor aos animais. Sabíamos, portanto, que apesar da eventual polémica gerada e alimentada pelas associações poderosas, haveria muitas outras que aceitariam a ajuda dos aficionados, pondo de lado as suas convicções pessoais relativamente à tauromaquia e pensando primeiro nos animais. E assim foi!

Com efeito, a acção levada a cabo pela PRÓTOIRO e pelos aficionados foi um estrondoso sucesso. Cerca de 2 toneladas de ração doadas, de Norte a Sul do País e muitos animais ajudados. Marcámos a diferença pela positiva. A nossa união e o activismo dos aficionados deu frutos concretos e, num dia, fizemos mais do que muitos fazem num ano.

E o problema reside precisamente aí. Deixámos obra feita num sector que alguns julgam só deles.

Os animalistas, por puro preconceito, julgam-se donos do monopólio da sensibilidade e da compaixão. Só eles amam os animais e só eles têm o direito de os ajudar. Todos aqueles que não façam parte da seita animalista não têm o direito de sequer ousar ajudar os animais. Muito menos aficionados. Mas será esta preocupação dos animalistas uma preocupação com os animais? Não! É uma preocupação com o seu negócio:

A ANIMAL, por exemplo, é uma associação que não tem animais. No entanto recebe milhares de euros de donativos e seja no site da associação seja em cada comunicação que envia o destaque vai sempre para o “façam um donativo”. Mas este dinheiro vai para onde? Não se conhece uma sede da Animal, não se conhece uma acção concreta de ajuda aos animais da Animal, não se conhece uma estrutura que absorva todos os donativos que lhe são entregues. Então para onde vai o dinheiro? Não se sabe… Haverá alguém que saiba? Quem são os órgãos sociais da Animal? Quando foram eleitos? São demasiadas pontas soltas na principal associação animalista portuguesa. O que se sabe é que a Animal tem uma presidente, que passa mais tempo no estrangeiro do que em Portugal e que, para além de ser presidente da Animal, trabalha também numa ONG internacional, tem uma empresa de produtos veganos e ainda “vende aspiradores” na empresa Fenix Lusitana que é propriedade do milionário alemão Matthias Shmelz. Não obstante, os rendimentos que declara mal chegam para sustentar um chiuaua durante um ano. Ou seja, a Animal é um negócio muito bem montado e que aproveita a sensibilidade urbana para extorquir dinheiro às senhoras do cãozinho e do gatinho. Mas ajuda real aos animais? Nenhuma! O seu negócio são as manifestações, porque essas é que dão tempo de antena e angariam doadores. 

A PRÓTOIRO já há tempos havia divulgado um email que recebera dando conta de algumas destas falcatruas. Na ocasião a presidente da Animal afirmou que nos instauraria um processo judicial. Até hoje nada. E é pena, porque essa seria uma óptima oportunidade para provar preto no branco tudo o que aqui se disse.

Agora vejamos uma situação de uma associação que tem animais a seu cargo, como a União Zoófila. Já se aperceberam de como é difícil adoptar um animal numa destas associações? Há sempre tantos problemas, tantas avaliações… Mas já repararam o quão fácil é “apadrinhar” um desses animais institucionalizados, ou seja, sustentar a estadia do animal? Óbvio que o preço a pagar pelo apadrinhamento é sempre superior ao gasto efectivamente tido com o animal… Portanto quanto mais animais essas instituições tiverem, e mais apadrinhamentos tiverem, mais dinheiro ganham. Por outro lado, entramos nos sites dessas associações e vemos muitos apelos a donativos… em dinheiro. Aliás, a maioria adquiriu sistemas de pagamento automático para receber através da internet! Espantoso! Este negócio dá milhares de euros… E não é de agora: Já em 2007 antigos membros da UZ denunciaram desvios de verbas, crimes fiscais e gestão danosa do património daquela associação. Uma simples pesquisa na Internet relembrará a história.

No entanto, a esmagadora maioria dos portugueses não tem conhecimento destas situações e julga que estas associações servem mesmo para defender os animais.

Acções como aquela que a PRÓTOIRO e os aficionados levaram a cabo destroem por completo essa imagem porque, comparando o que os aficionados fizeram num dia com o que algumas dessas associações fazem num ano salta à vista a incoerência. Urge, por isso, impedir os aficionados de ajudar os animais e de mostrarem que ajudam, sob pena de começar a ver ruir o negócio animalista. É imperativo conservar o monopólio da ajuda aos animais nas associações animalistas!

É por isso que as associações poderosas, ao se aperceberem do que ia ser feito pelos aficionados se apressaram a contactar as associações mais pequenas e a fazerem pressões e a ameaçar com represálias. Infelizmente algumas dessas pressões surtiram efeito e houve associações que nos contactaram mas não foram recolher a ração exclusivamente por medo de represálias.
Mas outras houve que, não estando alinhadas com as poderosas, aceitaram de bom grado as doações dos aficionados e, essas, foram o rombo no dique animalista.
Assiste-se agora a uma tentativa ridícula de conter a fuga, dizendo que os aficionados enganaram as associações, e não se identificaram, como diz a APA de Torres Vedras.

Ora, e em primeiro lugar, cumpre perguntar desde quando é que para se fazer um donativo é necessário apresentar a identificação. Além disso, aficionados fizeram donativos em dinheiro à UPPA e da restituição desses nem se ouve falar…
Em segundo lugar, é evidentemente mentira que os aficionados que fizeram a doação à APA em Torres Vedras não se tenham identificado. Houve essa identificação em todas as associações onde as doações foram efectuadas, porque haveria a APA de ter sido a excepção?

Compreende-se a situação: aceitaram de bom grado mas depois foram pressionados e intimidados para emendarem a mão, sob pena de contribuírem para o começo do desabamento do monopólio animalista.

Pois bem, que fique bem claro: o extremismo, o fanatismo, o preconceito e o radicalismo dos animalistas atingiu um ponto intolerável. Agora até os próprios animais são vítimas dos animalistas.

É, por isso, tempo de dizer basta. É tempo de desmascarar este negócio encapotado à custa dos animais. É tempo de separar o trigo do joio, de dar valor àqueles que, voluntariamente, se dedicam de corpo e alma a ajudar os animais e de condenar aqueles que utilizam a propaganda animalista para enriquecerem.

A PRÓTOIRO e os aficionados continuarão a cumprir os seus deveres morais e cívicos de ajudar as pessoas e os animais, na esperança de que cada vez mais percebam que a diversidade de culturas e de opiniões não impede que nos juntemos para atingirmos objectivos que são comuns. 

Este é o momento de todos tomarem uma posição: ou se continua a alimentar este negócio animalista encoberto ou auxiliamos as instituições que se dedicam de verdade aos animais. Todos sairemos a ganhar com o fim do preconceito animalista sobre os aficionados e com o respeito pela diversidade e pela Liberdade. Humanos e não-humanos.