Concurso de Pegas dia 18 de Julho no campo Pequeno.

A figura do Forcado por si só diferencia a corrida à portuguesa no contexto da tauromaquia. Figura genuinamente portuguesa, o forcado é sinónimo de raça e valentia levadas ao extremo já que a sorte que executa se baseia em provocar o confronto físico directo com o toiro para depois o dominar, contrariamente ao que fazem os restantes intervenientes no espectáculo tauromáquico que realizam as sortes evitando sempre o impacto directo homem-toiro. Em termos gerais, na pega provoca-se a colhida e nas restantes sortes do toureio domina-se o toiro, procurando evitar a colhida.

O concurso de pegas de caras que se realiza na corrida de

hoje, ganhou já foros de tradição na temporada tauromáquica de Lisboa. Desta vez estarão em praça três grupos de forcados representando as duas regiões do país onde a tauromaquia e, concretamente, a arte de pegar toiros, tem mais cultivadores. Pelo Alentejo está em praça o grupo de forcados Amadores de São Manços, capitaneado por Joaquim Branco e, pelo Ribatejo, dois grupos da Chamusca: Os Amadores da Chamusca, capitaneados por Nuno Marques e os Amadores do Aposento da Chamusca, capitaneados por Pedro Coelho dos Reis. Dois grupos que alimentam uma grande e sã rivalidade entre si. 

Toureiam a cavalo o consagrado Rui Salvador que alterna com os jovens Filipe Gonçalves, um valor em ascensão e grande triunfador das corridas da feira de Santarém e Marcos Bastinhas, um valor consolidado entre a nova vaga de cavaleiros tauromáquicos.

Serão lidados seis imponentes toiros da ganadaria António Charrua que se apresenta pela primeira vez no Campo Pequeno, após a reinauguração da praça. A sua antiguidade remonta a 3 de Maio de 1970, na cidade de Évora. Procedente da ganadaria de João Coelho Capaz, na actualidade o seu encaste é Soler e Pinto Barreiros.