Juan José Padilla Triunfa em tarde de Chuva.

Foi debaixo de chuva que se iniciou a Feira Taurina da Moita. A primeira foi dedicada única e exclusivamente ao toureio a pé. 
Um mano-a-mano: Juan José Padilla e Pedrito de Portugal. 
Saíram seis exemplares de Falé Filipe.
Juan José Padilla iniciou a tarde com um exemplar de investida brusca. Recebeu de joelhos na arena com duas largas afaroladas. Deixou o seu ‘perfume’ nas bandarilhas. Na muleta, apontamentos de arte de uma figura. Dizem que Padilla perdeu o medo à morte. Na Moita foi colhido quando se preparava para matar. O segundo humilhava pouco. Destacam-se duas séries pela mão esquerda e a entrega de Padilla. Com o que encerrou a função, tirou do oponente o pouco que tinha para dar por ambas as mãos. Feitas as contas foi premiado com cinco voltas de agradecimento no total da tarde, tendo ‘ganho’ o ‘passaporte’ para a porta grande.
O matador português Pedrito de Portugal teve maior fortuna com os Falé que lhe couberam em sorte. Recebeu correctamente de capote o primeiro de escassa transmissão e força. O tércio de bandarilhas esteve a cargo dos portugueses Cláudio Miguel, Joaquim Oliveira e João Ferreira que o executaram com correcção em qualidade sempre que saltaram à arena. O vento não facilitou, deixou detalhes com a mão da verdade. O segundo foi o melhor da corrida. Mas parece não ter havido toureiro para tanto toiro. Queria-se e exigia-se mais. Não aconteceu, infelizmente. Apesar de tudo (incluindo o vento), lidou por ambos os pitons. Com o que fechou a tarde a história foi bem diferente e teve um final bem mais feliz. Andou a gosto, andou artista e o público retribuiu em aplausos. Ficam na memória dos aficionados bonitas séries, as melhores da sua tarde na moita. Pedrito de Portugal deu, no total, quatro voltas ao ‘ruedo’ não sendo concedida a porta grande.

No fim, as duas figuras foram passeadas em ombros na arena da Moita.