Grupo de Forcados Amadores das Caldas da Rainha: 25 anos a pegar toiros

Desde as décadas de 1940 e 1950 que existem referências a forcados nas Caldas da Rainha. Devido à ligação que esta cidade tem com o fabrico de loiça, os forcados das Caldas eram popularmente conhecidos por os “louça fina”.

Entre 1976 e 1984, surgiu nas Caldas da Rainha um grupo de forcados que pegou regularmente. Todavia, o actual grupo estreou-se a 15 de Agosto de 1993, na tradicional corrida de Nossa Senhora da Ascensão, na sua cidade natal, completando este ano 25 anos de actividade ininterrupta. Foi seu Cabo Fundador Vasco Morgado. O grupo surgiu como forma de corporizar a ideia de responder satisfatória e positivamente aos anseios de um número significativo de jovens aficionados à festa de toiros que desejavam ser forcados, como se a voz da tradição insistisse na inevitabilidade de manter viva a tauromaquia nas Caldas da Rainha.


Neste contexto, o objectivo primordial do grupo não era pegar muito, nem somar corridas só por somar. Visto que o grupo era muito jovem e com pouca experiência, o essencial era crescer com um espírito próprio, criar uma personalidade e uma alma de grupo que seja espelho de virtudes, de domínio técnico, de valor e arte. Deste modo, o Grupo de Forcados Amadores de Caldas da Rainha foi crescendo independentemente de forças e pressões, o que permitiu criar raízes de amizade inigualáveis.

No 15 Agosto de 2000, o Vasco Morgado passou a chefia do grupo ao Francisco Paiva Calado. Depois do Francisco Paiva Calado ter capitaneado o Grupo durante seis anos, foi ao Nuno Vinhais que coube a honra e responsabilidade de assumir o Grupo, como Cabo, desde o dia 15 de Agosto de 2006.

O percurso sereno para uma sólida afirmação do grupo no panorama taurino português é um objectivo constante, dando-se mais importância à qualidade da exibição do que à quantidade de corridas. Na actualidade, o Grupo de Forcados Amadores das Caldas da Rainha é capitaneado por Francisco Mascarenhas. Sob o lema da VERDADE, o grupo tem vindo a crescer e é assim que se quer manter.

O desafio de quinta-feira, no Campo Pequeno é, sobremaneira importante, não só por se tratar da primeira praça de tórios do pais, como pelo facto de pegarem toiros de uma ganadaria com pergaminhos e recentemente triunfadoras na praça francesa de Ceret.

O cartel da corrida inclui também as cavaleiras Sónia Matias e Ana Batista e os matadores de toiros António João Ferreira e Nuno Casquinha