Convicções não se discutem.
Num colóquio há pouco tempo levado a cabo pelo Grupo
Tauromáquico Sector 1 falou-se sobre a imprensa taurina, de entre todas as
ideias trocadas e discutidas, tocou-se no ponto de a tauromaquia só ser notícia
nos meios de comunicação generalistas quando acontecem desgraças, e lembrou-se
a trágica colhida de Nuno Carvalho, por exemplo. Mas amanhã, segundo se
anuncia, os toiros vão a debate na RTP1.
Amanhã a Fundação Champalimaud enche-se de anti-taurinos e
aficionados. Do nosso lado já se sabe que estaremos representados pela PROTOIRO
e pelo ganadero Joaquim Grave, os restantes intervenientes ainda são
incógnitas.
Ora mas vai-se debater se a tauromaquia é património ou
barbaridade. Uma discussão de sempre, e para sempre. Uma discussão que não terá
fim, onde os aficionados permanecerão aficionados e os antis continuarão com as
suas ideias. O que vamos fazer à RTP? Esclarecer factos? Só pode ser porque as
convicções não se discutem, muito menos as paixões.
Supondo eu que os que estão do lado de cá da barricada são
apaixonados pela festa, a paixão não se passa para palavras. A nossa afición
demonstra-se com bancadas preenchidas, com emoção na arena, com arte…
Mas prognósticos só no fim do jogo, já dizia o outro, vamos
lá discutir o sexo dos anjos e ver o que conclusões se podem tirar do Prós e
Contras de amanhã.