As declarações de Alguns dos intervenientes da LII corrida tv.



João Grave: “Os toiros ‘Grave’ vão trazer emoção ao Campo Pequeno”

João Grave, cabo do Grupo de Forcados Amadores de Santarém desde 10 de Junho, apresenta-se pela primeira vez no Campo Pequeno, nesta qualidade, na próxima quinta-feira, na “LII Corrida da RTP”.
Começou “ a sério” em 2011. Mas, por influência familiar, já estava imbuído do “espírito de forcado” desde muito jovem embora, ate há cinco anos, se dividisse entre os toiros e o mundo equestre, como promissor praticante de obstáculos.
“Há uma grande ligação familiar dos Grave ao Grupo de Forcados Amadores de Santarém, onde pegaram o meu avô Joaquim, os meus tios e o meu pai. O meu tio Carlos foi cabo do grupo de 1981 a 1996 e eu habituei-me a vê-los fardar na nossa casa de Évora e a sentir o ambiente especial que esta arte envolve”, diz João Grave, ciente das responsabilidades que recaem sobre si, ao comandar o único grupo com mais de 100 anos de actividade ininterrupta.
Vir ao Campo Pequeno pegar uma corrida da ganadaria da família (Ganadaria Murteira Grave) constitui para o João “um motivo acrescido de interesse não só por serem os toiros lá de casa, como pelo prestígio nacional e internacional que a ganadaria granjeou”.
“Está um curro sério, magnifico de trapío e estou certo de que vão proporcionar um grande espectáculo. Vão trazer emoção à arena, essa emoção que é o ‘sal’ da festa”, acrescenta.
Sobre a competição com o Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita, considera-a muito saudável, não só de hoje como desde sempre. “É um grupo com grande tradição, por cujo prestígio temos a maior estima. Há, inclusivamente, relações de estreita amizade com vários dos seus elementos”, refere.
Os dois grupos vão ao Campo Pequeno, na próxima quinta-feira, numa situação semelhante pois os respectivos Cabos “estreiam-se” na primeira praça do país nessa qualidade, nesta corrida. João Grave deseja ao José Maria Bettencourt “ a maior sorte no desempenho das novas funções” e aproveita para sublinhar a sua satisfação por a empresa do Campo Pequeno ter tornado possível este encontro, nestas circunstâncias”.
O cartaz desta corrida inclui também os cavaleiros António Ribeiro Telles, Luis Rouxinol e Marcos Bastinhas.
Luis Rouxinol: “Qualquer cavaleiro gostaria de tourear a ‘Corrida da RTP”
Luis Rouxinol é um dos cavaleiros que, juntamente com Antonio Telles e Marcos Bastinhas, actuarão na próxima quinta-feira, no Campo Pequeno, na “LII Corrida da RTP”.
O cavaleiro atribui a esta presença na primeira praça do país, “a máxima importância”, pelo local, a ‘capital mundial do toureio a cavalo’ e pela circunstância de se tratar da “corrida de maior antiguidade e prestigio entre aquelas que levam o nome de um órgão de comunicação social”.
“Vou ao Campo Pequeno para, como sempre, dar tudo por tudo, por respeito ao público de uma praça que, ao longo da minha carreira sempre me acarinhou de uma forma muito especial e onde alcancei grandes triunfos, mas também pelo respeito que me merecem os meus companheiros de cartel os quais, igualmente, não são pessoas para voltar costas a um desafio desta importância”, afirmou.
Para Luis Rouxinol, a competição na arena é o que mais motiva o público. “O público, para se entusiasmar, tem de sentir rivalidade e competição entre os artistas que estão na arena e, ao mesmo tempo, compreender o elevado grau de risco que é enfrentar um toiro”.
Relativamente aos toiros para esta corrida (seis “Graves”), considera serem “imponentes, com enorme trapío, bem na linha a que a família Murteira Grave nos habituou ao longo dos anos” e formula um desejo “que saiam com bravura proporcional ao trapío, que sejam seis excelentes toiros no que a condições de lide se refere e, claro está: Que Deus reparta a sorte, para que seja uma noite de toiros inolvidável”.
Em termos de balanço sobre o que vai da actual temporada, Luis Rouxinol considera-o “bastante positivo, com prestações de bom nível e de grande regularidade”, o que o deixa de certa forma satisfeito pois, faz questão de acentuar, “manter a regularidade a um nível alto é o mais difícil, não só ao longo de uma temporada, como ao longo de uma carreira como, felizmente, tem sido o meu caso”.
De momento, considera que as suas montadas em melhor forma são a “Viajante e o “Douro”.
O cartel da “LII Corrida da RTP” completa-se com a presença dos grupos de forcados amadores de Santarém e do Aposento da Moita, capitaneados respectivamente, por João Grave e José Maria Bettencourt.

José Maria Bettencourt: “Ser cabo do Aposento da Moita foi um golpe de sorte que a vida me proporcionou”

José Maria Bettencourt estreia-se na próxima quinta-feira, no Campo Pequeno, na “LII Corrida da RTP”, como cabo do Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita, função que desempenha desde 22 de Maio deste ano, sucedendo a José Pedro Pires da Costa.
Pega toiros desde 2007 e sempre no Aposento da Moita. Considera a sua eleição (por unanimidade) para a chefia do grupo como “um privilégio enorme e um desafio de grande dimensão” que aceitou “com grande alegria e determinação”, chegando mesmo a admitir que “foi um golpe de sorte” que a vida lhe proporcionou.
Considera a corrida de 25 de Agosto como tendo “um significado enorme, para já por duas importantes razões: “É a minha estreia no Campo Pequeno como cabo do grupo, é na data próxima do grave acidente sofrido nessa praça pelo Nuno Mata (30 de Agosto de 2012) que tanto nos marcou…mas é também um significado enorme o facto de partilhar cartel com o Grupo de Santarém, por cujo passado centenário temos o maior respeito e admiração”.
“É claro que não posso dissociar do significado desta corrida o facto de o seu cartel ser de primeiríssima qualidade, personificada não só nos nossos alternantes do grupo de Santarém, como nos cavaleiros em praça, os consagrados Antonio Ribeiro Telles e Luis Rouxinol e o Marcos Bastinhas, um jovem que está a construir, com muito valor, uma bonita carreira e, claro, o trapio dos toiros de Murteira Grave, uma ganadaria de renome mundial…todo isso tornam esta corrida especial”, acrescenta.
Relativamente à competição com o grupo de Santarém, está “ciente da responsabilidade enorme que tal significa e da seriedade que uma competição desta natureza encerra”, pelo que “o Aposento da Moita vai estar no seu nível mais elevado de concentração, motivação e responsabilidade”.