É indubitavelmente o ídolo de Lisboa!

Começou na passada quinta-feira a temporada lisboeta de comemoração dos 125 anos do Campo Pequeno. A casa encheu, a aficion vibrou, emoção não faltou e ainda se abriu a porta grande.
João Moura toureou dois exemplares de Vinhas; com o primeiro, nobre mas que pouco perseguiu depois das colocação da ferragem, tentou receber em sorte gaiola mas resultou numa boa brega. Depois de um susto em que a montada escorregou mas sem consequências, Moura deixou o seu “perfume” mas sem grandes destaques. De melhor qualidade foi o quarto curto. Com o segundo Vinhas, a actuação resultou fraca e desajustada, sem ser atribuída música e volta de agradecimento.
As duas pegas da noite estiveram a cargo do Grupo de Forcados de Vila Franca. Para a cara do primeiro foi o cabo Ricardo Castelo que concretizou à segunda tentativa contando com a coesão do seu grupo. Rui Godinho efectivou com decisão à segunda.
Padilla! Padilla Maravilha! Pirata! É indubitavelmente o ídolo de Lisboa! Independentemente do conteúdo da faena, ele é o ídolo! Entre vénias, aplausos e olés, Padilla deu no total cinco voltas ao ruedo e abriu a Porta Grande do Campo Pequeno. Foi afortunado no lote pertencente à ganadaria Varela Crujo. Praticou um toureio variado quer com o capote quer na mauleta. De tudo se viu e Lisboa adorou. Fez as delícias de quem foi ao Campo Pequeno para o ver e bandarilhou ao seu estilo. O Pirata não desiludiu e as duas primeiras voltas de agradecimento estavam dadas. O segundo exemplar era diferente, mais complicado. Padilla descomplicou, houve uma série em redondo de aplaudir de pé e depois foi desplantes aqui e acolá. Dizia-se nas bancadas que “Padilla perdeu o medo à morte”. Lisboa enlouqueceu e três voltas foram dadas. Estava garantida a porta grande para o ídolo de Lisboa.
Roca Rey reapareceu depois de uma colhida mas depois daquilo que Padilla fez às bancadas do campo pequeno, Rey quase que passou despercebido, mas não por falta de classe foi por… Olhem, saberão melhor que eu! Verdade é que Roca Rey pouca sorte teve no lote, mas pegou no capote e deixou o “perfume” do seu toureio (diferente do de Padilla, note-se). Com a muleta, com os pés “colados” à arena permitiu que alguns aficionados sonhassem. Mas aplausos, vénias e olés foram poucos ou nenhuns. O último da noite era manso e Roca Rey não teve como mostrar o seu toureio. Ficando apenas um o outro passe. Mas Rey é sempre Rey!

Começou assim, encontramo-nos dia 18 de Maio!