Carta Aberta APET – ANGF

Do Presidente da APET Paulo Pessoa de Carvalho recebemos o comunicado:


Dirijo-me a Vós com o objectivo de Vos aclarar o ponto de situação actual entre as relações da APET e da ANGF, após estes recentes episódios que envolveram estas duas Associações.

Após algumas conversas entre as Direções da APET e da ANGF, recebemos uma carta aberta da ANGF, a qual mereceu a melhor apreciação pela Direção da APET e motivou a resposta que entendemos dar sobre a mesma forma.

Entendemos também e porque fomos contactados desta maneira, uma vez que ambas as cartas são abertas, compartilhá-las com a com a Comunicação Social Taurina, pois este assunto já foi objecto de várias notícias e outra tanta especulação, pelo que entendemos dever ser publica a evolução do assunto e a relação entre ambas as instituições.

Agradecemos a Vossa atenção e divulgação desta informação, obrigado.
Atentamente,
Paulo Pessoa de Carvalho
Presidente da APET
ANFG
Lisboa, 15 de maio de 2013
Carta aberta à Direção da APET
Decorridas que estão algumas semanas desde a decisão dos Grupos de Forcados Amadores associados na Associação Nacional de Grupos de Forcados em recusar convites para participar em espetáculos promovidos pela empresa Gestoiro, Lda., e decorrido também algum tempo sobre a posição da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos, entende a A.N.G.F. vir prestar publicamente os seguintes esclarecimentos:
1. A decisão de não aceitar participar em espetáculos promovidos pela Gestoiro, Lda., não advém de nenhuma guerra pessoal nem de uma tentativa de pressão sobre os empresários. Cumpre esclarecer que os Grupos de Forcados que pertencem à A.N.G.F. regem-se por determinadas regras e partilham e defendem determinados valores. Um dos mais importantes objetivos da A.N.G.F. e dos Grupos que a integram é a defesa do Forcado Amador.
2. Na A.N.G.F. as decisões são tomadas em Assembleia-Geral, em democracia, e são respeitadas. Entenderam os Grupos de Forcados Associados, democraticamente, adoptar uma postura de defesa do Forcado Amador.
3. Da mesma forma que a A.N.G.F. defende os seus Associados, também a A.P.E.T. defende os seus Associados. É, assim, perfeitamente normal que, por vezes, os interesses de ambas as associações não sejam exactamente coincidentes. Mas essa situação não é sinónimo de incompatibilidades. Bem pelo contrário.
4. Entendemos que a A.N.G.F. faz falta à Festa. Entendemos que o Forcado Amador é um pilar principal da nossa tauromaquia. Mas entendemos, também, que a A.P.E.T. faz falta à Festa. Reconhecemos e louvamos – porque conhecemos – o esforço que tem vindo a ser feito pela A.P.E.T. no sentido de congregar a classe empresarial, de a fazer identificar-se com determinados valores e de a fazer seguir determinadas regras. Não duvidamos que a Festa será tanto mais forte quanto mais fortes e unidas forem as associações de sector que a compõem.
5. A situação verificada entre A.N.G.F. e A.P.E.T. não é, de todo, como alguns quiseram fazer crer, mais uma machadada na continuidade da tauromaquia. Pelo contrário. Divergências são normais e contribuem muitas das vezes para um avanço que não se consegue fazer sem alguma tensão. Cremos que é isso que aqui sucederá. A.N.G.F. e A.P.E.T. continuarão a trabalhar, na certeza de que uma necessita da outra, e que as duas juntas contribuirão para a melhoria da Festa em Portugal.
6. A A.N.G.F. respeita a A.P.E.T. e mais, identifica-se com o caminho que está a ser seguido pela sua Direcção. Não temos dúvidas que também a A.P.E.T. se identifica com os valores defendidos pela A.N.G.F.
7. Em conclusão, e pelo exposto, temos a certeza de que os valores defendidos pela A.N.G.F. bem como a vontade dos seus Associados ficarão sempre salvaguardados, sendo que a A.N.G.F. confia inteiramente na Direção da A.P.E.T. e nas decisões que esta venha a tomar, para e na resolução neste ponto de interesse que é comum a ambas as instituições, e está certa de que esta saberá e conseguirá gerir da melhor forma esta questão particular da empresa Gestoiro, Lda.
Atentamente,
Associação Nacional de Grupos de Forcados
APET
Caldas da Rainha, 16 de Maio de 2013
Carta aberta da APET à ANGF
A APET vem após recepção da carta aberta que lhe foi endereçada pela Direção da
ANGF, dizer que se congratula com a mesma e responder de igual forma.
Na verdade, passaram as duas instituições por momentos mais difíceis na sua recente
relação. Momentos esses, que se chegassem ao seu extremo, poderiam levar a
situações em nada positivo quer para a APET, quer para a ANGF, mas acima de tudo
para a festa de toiros em Portugal.
Perante esta clara noção de o que um diferendo poderia causar a todos, a APET tentou
junto da ANGF, chegar a um consenso de ideias e pensamentos em que várias
questões foram debatidas, mas acima de tudo, a preocupação de que no futuro não
fossem tomadas medidas unilaterais, que pudessem agitar mais estas águas, já por si
muito mexidas. A ANGF ficou de “em sua casa” tratar de refletir sobre as nossas
preocupações e depois, dizer-nos o que entendia.
Ao recebermos esta “carta aberta”, ao lê-la com atenção, entendemos haver na
mesma um claro voto de confiança à APET e à sua Direção, pelo que a partir deste
momento decidiu a Direção da APET, que as relações institucionais serão
restabelecidas a partir desta data e o diálogo entre as Direções das duas instituições
irá ser uma prática corrente daqui em diante, para que não voltem a acontecer
situações críticas que com lucidez e cabeça fria, são evitáveis.
Para terminar queremos agradecer e reconhecer publicamente a importância do papel
do Forcado na festa de toiros em Portugal e de igual forma agradecer e reconhecer o
excelente trabalho desenvolvido pela ANGF e pela sua Direção, estando certos que se
conseguirmos concretizar as nossas intenções de criar um eficaz “canal de
comunicação aberto” entre as Associações, todos sairemos mais fortes!
Sem outro assunto, apresentamos os nossos mais cordiais cumprimentos.
Atentamente,
Direção da APET