Noite de oportunidades no Campo Pequeno.
Dia 19 foi noite dos jovens.
Oportunidade de pisar a arena da primeira praça do país, e por isso uma noite
importante para aqueles que podem vir a ser o futuro da nossa festa e garantir
a continuidade da mesma, mas…
A aficion, essa não compareceu em
grande número, apenas ¼ de casa preenchida para ver Paulo D’Azambuja, David
Gomes e Parreirita Cigano a cavalo, e João Martins, Diogo Peseiro e Rúben
Correia a pé. Pegou em solitário o Grupo de Forcados Amadores de Arruda dos
Vinhos. Saiu à arena lisboeta um curro de Paulo Caetano que se deixou, servindo
para a “função”, nobres, excepto o primeiro e último que saíram um pouco mais
complicadotes. Todos os novilhos tinham boa apresentação, ainda assim a empresa
não divulgou o peso dos mesmos.
O primeiro da noite era preto e
enfrentou-o Paulo D’Azambuja. O cavaleiro acusou o tempo que esteve parado, e
não entendeu da melhor forma o oponente. Teve dificuldades em deixar o primeiro
comprido. Apostou nas batidas ao piton contrário, mas as sortes a resultarem
aliviadas e o ferro a ficar para lá das cilhas. Uma lide sem história.
Por Arruda pegou Fábio Correia à
segunda tentativa. O cavaleiro não deu volta.
David Gomes lidou o segundo.
Recebeu em sorte gaiola. Andou ligado ao público e ao oponente. Esforçou-se por
deixar os ferros de forma correcta e executou uma boa brega. A aficion aplaudiu
os adornos: recortes, piruetas na cara do novilho… terminou a sua prestação na
arena do Campo Pequeno com um palmito e par.
“Bateu palmas” ao novilho Bruno
Silva que efectivou ao primeiro intento.
O terceiro, e último lidado a
cavalo, coube a Parreirita Cigano (filho). Brindou a seu pai a sua prestação
valorosa. Deu vantagens ao toiro, desenhou bem as sortes, mas as reuniões a não
resultarem como certamente desejaria. Andou ligado ao público e aficion
aplaudiu. O tempo e trabalho encarregar-se-ão de dar mais oportunidades a este
jovem. Teve uma passagem meritória pela primeira praça do país.
Foi cara Luís Lourenço que
consumou à primeira tentativa.
No que toca ao toureio a pé, iniciou
a “função” João Pedro Martins da Escola de Toureio José Falcão. Teve uma
passagem discreta por Lisboa. Recebeu por verónicas. Com as bandarilhas andou
vistoso mas com irregularidade. A aficion suspirou “olés” com uma boa séria
pela mão esquerda. Terminou a faena por manoletinas. Infelizmente deixou o
novilho enganchar-se em várias ocasiões.
Seguiu-se Ruben Correia da Escola
de Toureio e Tauromaquia da Moita. Executou uma faena com técnica e classe.
Andou toureiro nos capotazos. João Ferreira bandarilhou o novilho e deixou dois
belíssimos pares, tendo sido ovacionado. Na muleta desenhou uma bonita série de
muletazos pela mão direita.
Encerrou a noite Diogo Peseiro da
Academia do Campo Pequeno. Recebeu o novilho em sorte gaiola de joelhos na
arena com uma larga cambiada. Peseiro sabe o que anda ali a fazer, mas parece
que falta um “ingrediente” para a “receita” estar pronta! Continuou o tércio de
capote por verónicas. Nas bandarilhas meteu quase todo o público no bolso,
principalmente quando imitou (ou tentou imitar) Morante de la Puebla : sentou-se na
cadeira e deixou um par de palmitos. Com a muleta já lhe vi melhores dias,
andou toureiro mas com alguma irregularidade.
Vamos Pa’lante!!
Lisa Valadares Silva