O conselho de administração
 do Hospital de Évora
 "está a ponderar a abertura de um processo
 de inquérito para cabal esclarecimento dos factos".
O Hospital Espírito Santo de Évora, onde trabalha um médico acusado por um forcado de não o ter atendido atempadamente, garante que "todos os procedimentos clínicos adequados foram realizados", embora esteja "a ponderar" a abertura de um inquérito.
Após ficar ferido sábado durante numa corrida de touros na Praça de Touros da Amieira, em Portel, o forcado Armando Martins, dos Forcados Amadores de Monsaraz, foi transportado pelos Bombeiros de Portel para o Hospital Espírito Santo de Évora (HESE).

Ao chegar ao HESE, o forcado já tinha à sua espera a namorada e o pai desta, que denunciou nas redes sociais a alegada falta de um pronto atendimento por parte de um ortopedista de serviço.

Esta quarta-feira o conselho de administração do HESE informou que "está a ponderar a abertura de um processo de inquérito para cabal esclarecimento dos factos". 

"Uma análise preliminar das circunstâncias clínicas do doente indica que todos os procedimentos clínicos adequados foram realizados", lê-se no comunicado.

A instituição garante ser "prática deste Hospital receber todos os doentes da mesma forma, com respeito e consideração, e garantir o tratamento adequado e em tempo útil".

O grupo de Forcados Amadores de Monsaraz, a que pertence o forcado ferido, está também a ponderar apresentar uma queixa contra o hospital, por alegado atraso no socorro, segundo disse um elemento desta associação.

David Rodrigues, responsável pelo grupo de forcados, não testemunhou os primeiros momentos no hospital, mas contou à Lusa que segunda-feira, quando visitou o amigo, ouviu um médico dizer-lhe que, apesar da cirurgia ter corrido bem, este ainda corria o risco de ser amputado por não ter sido operado mais cedo.

Noticia :Correio da Manha