Tradicional corrida do fogareiro com Final Feliz.

A chuva ‘trocou as voltas’ à tradicional feira da Moita. Mesmo assim houve condições para a realização da última, a corrida do fogareiro. O público preencheu cerca de 2/3 de casa.

Seis Benitez Cubero e um Passanha. Os Benitez serviram dentro do que actualmente se ‘pede’e dentro daquilo que hoje em dia se vê nas nossas praças. 

Abriu a noite Joaquim Bastinhas. Fiel ao seu estilo, com um toiro que acusou 530kg, andou alegre e ligado ao público. No que toca à qualidade das sortes, já lhe vimos melhores dias. 
Terminou com a assinatura habitual, o par de bandarilhas.

Luís Rouxinol saiu em segundo lugar para enfrentar o Benitez de 600kg. Deixou de forma ‘limpa’ a ferragem comprida. Nos curtos, perante as condições do exemplar que perdeu mobilidade com o decorrer da lide, fez uso da sua arte e sabedoria e viram-se bonitos momentos de toureio. Terminou com palmito e par.

Sónia Matias veio à Moita com ganas, como é seu apanágio. Teve uma ‘actuação’ limpa e correcta logo desde início frente a um toiro de 580kg. Deixou uma série de curtos aplaudidos, mas as maiores ovações foram aquando da colocação dos violinos.

Gilberto Filipe lidou um de 650kg que saiu com muita pata. Gilberto veio cheio de vontade e ambição. Nos compridos, houve velocidade em demasia. Nos curtos, deixou uma bonita série rematados com ladeios. Lide que culminou com palmito de grande qualidade e um violino.

Filipe Gonçalves em sorte calhou-lhe o melhor da corrida, na minha opinião, de 550kg. Filipe fez aquilo que bem sabe. Apostou nas batidas ao piton contrário e adornou-se com piruetas. 
A ‘malta’ aplaudiu! Terminou com um par de bandarilhas.

Manuel Lupi teve uma passagem discreta pela Moita. Teve por diante um exemplar de 560kg. 
Nos curtos andou com correcção e regularidade. O toiro veio a menos, contribuindo para 
retirar algum brilho às sortes, essencialmente aos remates das mesmas.

A praticante Mara Pimenta toureou o novilho Passanha de 455kg. A cavaleira mostra boas maneiras. Andou desembaraçada e a mostrar que tem sentido de lide. Desenhou bem as sortes. Levou a cabo uma agradável lide.

As pegas estiveram a cargo dos Amadores de Santarém e Alcochete.

Por Santarém foram caras João Torres Vaz Freire que consumou ao primeiro intento, David Inácio ao terceiro e Ruben Giovetti ao primeiro uma boa pega. António Gois pegou o novilho à terceira tentativa.
Por Alcochete pegou Nuno Santana à primeira tentativa, Tomás Torre do Vale igualmente à primeira e Pedro Belmonte, e para não fugir à ‘regra’, também à primeira.

Dirigiu a corrida o Sr. Manuel Gama.