Depois de adiada, a corrida mista de Vila Franca foi levado a cabo no passado dia 9. Apenas meia casa preenchida.
António Ribeiro Telles abriu a noite com um bonito exemplar de Murteira Grave que perseguiu a montada com raça. Uma brega de excelência e uma série de curtos de emoção que, infelizmente, contrastou com ligeiros toques na montada. O quarto saiu para fazer história, Cantaor de seu nome. Deu música que chegue para António se inspirar e levar a cabo uma lide de perfeição. Entrega, raça, querer, emoção e arte aliados resultaram num ‘bailado’ encantador. Os curtos foram ‘música’ para quem os viu. De frente e ao estribo, respeitando os cânones do toureio a cavalo. O Cantaor foi aplaudido e voltou aos campos de Galeana. O ganadero Dr. Joaquim Grave foi ‘brindado’ com volta ao ‘ruedo’.
António João Ferreira foi o matador em praça. O primeiro era de investida curta e o matador ‘adaptou-se’ à matéria-prima que tinha. Os melhores momentos surgiram pela esquerda. O toureio a pé faz parte da Sevilha Portuguesa! Quando toureou o segundo, a chuva, que deu tréguas a noite quase toda, visitou-nos. Houve quem abandonasse a praça e a atenção de alguns dos que permaneceram na Palha Blanco desviou-se do que é essencial. O Murteira que encerrou a noite foi complicado e ‘Tojo’ teve alguns bons momentos, mas nada em especial a destacar a não ser a sua raça.
As pegas a cargos de dois dos melhores grupos da nossa festa: Santarém e Vila Franca de Xira.
Por Vila Franca, David Moreira e Francisco Faria. David dobrou Gonçalo Filipe e consumou à terceira com ajudas carregadas. Faria efectivou ao segundo intento com um grupo a ajudar decidido.
De Vila Franca é tudo. Acabámos em bem! Numa noite em que houve toiro e toureiros.
Dirigiu a corrida o Sr. Pedro Reinhardt.
Lisa Valadares Silva