Rey é Rey

Para mais tarde recordar. Tudo para mais tarde recordarmos. Sim, a noite foi memorável!
Roca Rey pela primeira vez em Portugal. Como quem não arrisca, não petisca, o empresário arriscou e “petiscou”. Foi uma aposta ganha: Salvaterra encheu!
Em praça também estiveram os cavaleiros Rui Fernandes e Ana Batista e o grupo de forcados amadores de Montemor e o de Alcochete.
O curro lidado pertencia à ganadaria Murteira Grave. Cumpriu na generalidade, mas quanto a mim ficou um toiro por ver.
Rui Fernandes tem triunfado em praças importantes e não foi a Salvaterra com uma intenção diferente. Frente aos dois do seu lote andou dentro daquilo que lhe conhecemos. Arriscou, entregou-se, chegou às bancadas e dois curtos foram de enorme qualidade.
Ana Batista estava a jogar em casa. Uma cavaleira com enorme valor andou correcta frente aos dois que lhe couberam em sorte. Sendo que a primeira lide foi de maior destaque. Não entendeu na perfeição o segundo que lidou a prestação não resultou redonda.
Mas Rey é Rey! A calma, serenidade, mandamento e temple fizeram arrancar olés das bancadas. Andrés Roca Rey é um conhecedor do toiro e de terrenos. Depois de receber e bem de capote o primeiro, toureou sublimemente com a mão esquerda. Ao segundo “tapou-lhe” os defeitos e foi brindado com duas voltas. Rey saiu em ombros e não podia ser de outra forma!
As pegas estiveram a cargo dos Amadores de Montemor e Alcochete.
Pelos de Montemor, Frederico Caldeira consumou com eficácia à primeira tentativa e João da Câmara consumou e bem ao primeiro intento.
Pelos de Alcochete, Diogo Timóteo concretizou ao terceiro intento com uma exemplar primeira ajuda e Pedro Viegas concretizou um pegão à primeira tentativa.


Lisa Valadares Silva