Brito Paes na próxima quinta-feira, no Campo Pequeno

Aficionado ao campo, ao toiro, ao cavalo à equitação e que tenta ir o mais longe possível como toureiro e equitador, assim se define António Maria Brito Paes, que na próxima quinta-feira regressa ao Campo Pequeno, na tradicional Corrida do Emigrante.

Nascido em Alenquer, fez a sua apresentação ao público em Monforte, a 14 de Agosto de 1994 e tomou a alternativa na Moita do Ribatejo, a 9 de Julho de 2005, apadrinhado por João Moura.

Cavaleiro de dinastia, neto e filho de cavaleiros tauromáquicos, sente uma grande responsabilidade por ter um nome a defender. Considera ter a responsabilidade de apresentar os cavalos bem arranjados e bem-postos, e faz uma distinção: “A responsabilidade não é o medo do toiro, é o querermos fazer a melhor figura dentro da arena para agradar ao público e para tentarmos também arranjar novos compromissos.”

Define-se como um cavaleiro de estilo clássico, embora considere que, na arte, como em tudo, se deve evoluir e tirar o máximo partido das potencialidades dos cavalos.

“Dedico o meu tempo a trabalhar os cavalos no picadeiro, onde toureio ou treino com vacas.” E explica: “Primeiro porque hoje em dia as vacas são caras. Dou muita tourinha ao cavalo e arranjo de picadeiro, muita confiança no touro manso e na tourinha. Penso que os cavalos quando chegam à praça se tiverem demasiadamente toureados em casa deixam de ter reflexos e são menos expressivos. Se os cavalos tiverem muito “avacados”, deixam de ter a tal expressão de transmissão que nós gostamos.”

Na sua estreia na presente temporada no Campo Pequeno, Brito Paes terá por companheiros de cartel os cavaleiros Rui Salvador, Manuel Ribeiro Telles Bastos, Duarte Pinto, Andrés Romero (rejoneador espanhol que confirma a alternativa) e David Gomes (que confirma a alternativa), na lide de seis imponentes toiros de Vale Sorraia. As pegas estarão a cargo dos grupos de Forcados Amadores Real de Moura, Montijo e Turlock.