Exposição Sobre os Forcados em Sevilha.

A exposição de autoria do fotógrafo de Rafael G’Antunes decorre no Centro Cultural da Fundação da Caja Rural Del Sur, até dia 29 de Setembro. 


Lisboa, 14 Setembro de 2022.


Foi hoje inaugurada ontem em Sevilha, no Centro Cultural da Fundação da Caja Rural Del Sur, a exposição de fotografias do português Rafael G’Antunes, intitulada “Forcados, os Últimos Gladiadores” e que pode ser visitada até dia 29 de setembro. 


Este corpo artístico fotográfico busca penetrar numa manifestação cultural Portuguesa, cuja referência escrita conhecida mais antiga data de 1258, e que hoje é alvo de críticas e tentativas de extinção por parte de alguns partidos políticos e organizações defensoras dos direitos dos animais, este corpo de trabalho propõe uma reflexão sobre a necessidade, ou não, de transmutações nos universos simbólicos do Património Cultural Imaterial – neste caso concreto a Tourada à Portuguesa – alicerçados em memórias colectivas enraizadas ao longo de séculos.

O presidente da Fundação Caja Rural Sur, José Luis García-Palacios, agradeceu “o esforço do autor em recolher com grande qualidade esta tradição portuguesa que é necessário preservar como parte da cultura do pais vizinho.”


Nesta série de retratos, Rafael G’Antunes convoca o rosto como definidor de um espaço de acção imagética e emotiva, que apela à contemplação do observador, propondo-lhe a sua própria construção narrativa. Todos os retratos foram realizados o mais depressa possível após a pega de caras.


Esta exposição conta com o apoio da Caixa de Crédito Agrícola de Mafra, do apoio logístico da Associação Nacional de Grupos de Forcados e do apoio institucional da Protoiro. 


O trabalho de Rafael G’Antunes (Lisboa, 1977) propõe reflectir e explorar, com o recurso à imagem fotográfica, as tensões e as dinâmicas transitórias nos conceitos de identidade, memória colectiva e individual, e de Património Cultural (quer seja material ou imaterial) quando confrontados com a compressão do espaço geográfico – através do encurtamento da noção de tempo – que a mundivisão e os progressos tecnológicos impuseram à Humanidade. Tendo por base uma abordagem metafórica, as suas imagens posicionam-se em contraponto às percepções culturais actuais, reféns de acções simbólicas geradas, partilhadas e consumidas de uma forma cada vez mais global.

Rafael G’Antunes tem uma experiência de várias décadas como fotógrafo free-lancer em títulos como “Fortunas e Negócios”, “Sábado”, “Exame”, Notícias Magazine”, “Jornal de Negócios”, “Diário Económico”, entre outros.