Nota de Imprensa da APET relativa aos Concursos & Adjudicações de Praças de Toiros.


Serve a presente comunicação
- A APET tem acompanhado com natural atenção o que tem acontecido de
ano para ano nos concursos para as adjudicações das praças de toiros, tendo
sido inúmeras as vezes que teve vontade de se manifestar sobre o tema,
chegou agora essa hora.
- A nossa atividade é livre e não podemos interferir direta ou indiretamente
na decisão dos proprietários das praças de toiros, nem tão pouco fazer o
mesmo com os nossos associados no que respeita à decisão de concorrer ou
não a concursos, por mais desajustadas e desenquadradas da realidade do
negócio nos possam parecer as condições dos mesmos.
- No entanto deve a APET fazer e aconselhar que seja feita, uma reflexão da
recente evolução dos valores das rendas de algumas praças de toiros, pelo
simples facto de as mesmas por si, inviabilizarem uma gestão com resultados
financeiros operacionais que sustentem num futuro próximo a atividade
empresarial tauromáquica.
- Repetimos que não queremos e não podemos interferir na gestão direta ou
indireta dos nossos associados e das suas empresas, mas devemos alertar
para os riscos elevados que um arrendamento desadequado ou exagerado da
realidade do negócio possa trazer, com efeitos letais no curto médio prazo
para a atividade.
- Existem praças de toiros em Portugal que têm rendas exageradas e
absurdas para a realidade do seu valor/rendimento, existem empresas que
insistem em candidatar-se à gestão dessas mesmas praças, quer
proprietários, quer arrendatários estão no seu direito, mas não podemos
deixar de dar um alerta de que a breve trecho estas atitudes terão
consequências fatais.

Este nosso comunicado surge após conhecidas as condições para a exploração
da Praça de Toiros Amadeu dos Anjos, Montijo, para o biénio 2024/2025 as
quais são na nossa perspetiva exageradas e desajustadas, acreditamos que
o concurso poderá ficar em branco, mas mais do que acreditar nisso,
gostaríamos que por estes valores ficasse mesmo, isso seria uma tomada de
atitude coincidente com o que o nosso mercado suporta.
Deve existir um equilíbrio na atividade tauromáquica, não nos podemos
descapitalizar por um lado para ficarmos limitados por outro, este negócio
tem que ser feito com equilíbrio, com bom senso, com visão e estratégia para
o futuro. Claro que rendas inversamente baratas também não são o caminho,
em tudo tem que existir um equilíbrio e a atividade tauromáquica não é uma
exceção.

Terminamos desejando um bom final de ano, mas acima de tudo que 2024
seja um ano recheado de sucessos e carregado de boas decisões para as
nossas vidas!

A Direção da APET, 27 de dezembro 2023


A Direção da APET, 27 de dezembro 2023