Santa Casa da Misericórdia do Montijo confirma novo concurso na próxima semana.

 

Publicamos na íntegra o comunicado:

A actual Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Montijo tem, desde o início do seu mandato, presado pela elevação da tradição tauromáquica da sua terra, a primeira prova disso foi a mudança de paradigma no que toca à cedência da Praça Amadeu Augusto dos Santos. Entre vários exemplos desta afirmação estão os seguintes: auscultamos todas as entidades do universo taurino montijense na elaboração do caderno de encargos; integramos variadas propostas nesse mesmo caderno de encargos; entre essas propostas está a obrigatoriedade de todas as corridas incluírem sempre um grupo de Forcados da nossa terra; outra medida implementada foi a obrigatoriedade dos dois grupos de Forcados do Montijo participarem na emblemática corrida das Festas Populares em honra de S. Pedro; como exemplo final, é obrigatório a presença de uma Banda Filarmónica da terra em todas as Corridas realizadas; poderíamos enumerar mais medidas favoráveis às forças vivas do Montijo mas ficaremos por aqui.

Esta Mesa sente a necessidade de dizer o seguinte: o valor obtido com a cedência da Praça Amadeu Augusto dos Santos enriquece, não é só para a Santa Casa, mas sim para o Montijo. O dinheiro aqui investido, fica na nossa terra, numa instituição centenária da terra, instituição que emprega pessoas da terra, instituição que cuida dos avós e pais das gentes da terra. Este valor é um real investimento no nosso Montijo e vai diretamente para a promoção e preservação do centro da tradição tauromáquica, a nossa Praça Amadeu Augusto dos Santos. Houve durante as últimas semanas pessoas que ignoraram tudo isto, mas coloca-se a pergunta: se não forem os montijenses a defender o Montijo quem é que o defende?

Aqui chegados há que fazer os seguintes esclarecimentos:
1- A Posição da APET: A Santa Casa da Misericórdia de Montijo, a Praça Amadeu Augusto dos Santos, mas principalmente o Montijo, estão a ser alvos de um ataque sem precedentes por parte da APET. Para que não se esqueça, no concurso anterior, há cerca de dois anos, a mesma entidade veio a terreiro pressionar os empresários tauromáquicos a não concorrerem à Praça do Montijo. Este ano repete o comportamento, vindo outra vez condicionar o concurso e atacar, o Montijo e a Tauromaquia. Recordamos que estando o concurso a decorrer esta associação não se absteve de tecer pressões contaminando aquilo que devia ser um mercado livre. A Santa Casa da Misericórdia do Montijo é a proprietária da praça e tem o direito de decidir quais as condições que coloca no caderno de encargos, a Santa Casa tem o dever de defender o seu património, o Montijo e todos os grupos e pessoas singulares ligadas à tauromaquia no Montijo. Enquanto esta mesa liderar a Santa Casa é assim que entendemos contribuir para a defesa do nosso Património e da nossa Cultura Tauromáquica. A contrariar a versão da APET temos empresários a afirmar publicamente que uma corrida numa praça desmontável tem um custo semelhante a uma corrida na nossa Praça de Toiros com metade da lotação ignorando que a matemática é certa, fica evidente a irracionalidade desta posição. Ou seja, não é um valor desajustado ao mercado. Mas o busílis desta novela escrita pela APET é o seguinte: a quem é que interessa que a Monumental Amadeu Augusto dos Santos esteja fechada sem corridas? Com certeza que não será à Santa Casa, que perde o valor monetário e de promoção do seu património.

2 – A Matemática demonstra que o valor do concurso é inferior ao concurso anterior. A Santa Casa neste concurso assume totalmente os custos da Limpeza da Praça (antes e depois das corridas), os custos com eletricidade e água, a gestão das redes sociais, o site, a criação dos conteúdos e materiais gráficos para divulgação dos espetáculos e tudo o que está ligado à Tauromaquia são da responsabilidade da Santa Casa, algo que no concurso anterior eram da responsabilidade da empresa vencedora. Criou- se uma narrativa, falsa e vazia sobre o aumento do “preço” da Praça. Voltamos a questionar-nos: a quem é que interessa criar este clima de desinformação?

3- A ignorância promovida pela APET: Durante o período em que o caderno de encargos do concurso esteve disponível só uma pessoa obteve o caderno. Repetimos só uma. Mas a informação falsa foi espalhada por vários. O que fica evidente nestes dois concursos que a Santa Casa de Montijo promoveu, é a falta de conhecimento dos empresários tauromáquicos em relação à Contratação Pública e uma difícil relação com a transparência de procedimentos.

4 -No primeiro terço do concurso qualquer um poderia ter solicitado esclarecimentos ou sugerido alterações à Santa Casa, mas preferiram desinformar e sabotar. Desta forma contribuíram de forma ativa para destruir a Tauromaquia.

5- Um ponto que gerou convulsão, vá-se lá saber porquê, foram as corridas com 6 touros (só em 2024) para os Amadores que comemoram 60 anos e para a Tertúlia que comemoram 65 anos. Voltamos a afirmar a Santa Casa estará sempre na defesa do Montijo e dos nossos, por isso defenderemos sempre os nossos dois grupos de Forcados.

6- Outro facto que descredibiliza a APET é que no 1o Concurso existiram propostas de valor superior ao 2o Concurso. Mas mais uma vez, a difícil relação com um procedimento de contratação público e transparente fez com que houvesse concorrentes que não cumprissem as regras estipuladas.

Em síntese, a Santa Casa de Montijo entende que o caminho para defender a Tauromaquia passa por afastar comportamentos facilitistas, informais que promovem a obscuridade neste tipo de transações, só através de regras transparentes, iguais para todos e responsáveis é que a Tauromaquia será inatacável perante qualquer anti taurino. Nunca será a Santa Casa a dar armas aos inimigos da Tauromaquia para nos atacar com base em procedimentos opacos. Defender a Tauromaquia não passa por guerras de bastidores que acabaram neste boicote ao Montijo. A Santa Casa vai manter-se fiel à defesa do Bem comum das suas gentes, defendendo os Montijenses e as suas tradições.

Por fim, a Santa Casa anuncia que irá na próxima semana lançar um novo concurso e estamos totalmente disponíveis para dialogar com todos sem exceção, com transparência e responsabilidade, no entanto, não abdicamos do poder de decisão, dos nossos valores e não nos deixaremos intimidar por comunicados ou outros. A Santa Casa e os montijenses é que decidem o que fazer com a nossa Praça e lutaremos com todas as nossas forças contra aqueles que atacam a Santa Casa, o Montijo e a Tauromaquia.

A Mesa Administrativa

Santa Casa da Misericórdia de Montijo